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Esse aqui é meu espaço terapêutico, de rir, de refletir. Entre e fique a vontade, é tipo a sala da minha casa numa tarde de café com bolo de fubá!

18 abril 2010

Selando destinos


"A maior ignorância é a que não sabe e crê saber, pois dá origem a todos os erros que cometemos com nossa inteligência." Sócrates

Existe, na sociedade, uma quantidade considerável de peritos vulgares que emitem diagnósticos variados. São os chamados “achólogos”.
Apontam causas e soluções para os mais diversos problemas:
Complicações com o comportamento do menino da vizinha? Só pode ser culpa do pai que bebe. Aquele rapaz rouba a própria tia? Os amigos da escola que ensinaram. O marido da comadre está saindo com a funcionária do mercadinho? Ela que se insinua para todo mundo...
Qualquer “disfunção social” pode ser destrinchada de forma rápida e segura, porém não indolor - afinal, alguém ou algo sempre paga o pato.
Pior é que o culpado (geralmente único e ignorante do julgamento em questão) muitas vezes é o último em importância na gama dos fatores responsáveis pelos fenômenos estudados. Ou melhor, fenômenos fofocados.
Agora, pior que um achólogo destemido, é um profissional descabido.
Isso porque o achólogo tem, em sua defesa, a ignorância dos assuntos científicos.
Numa das minhas aulas de psicologia escolar, tive acesso a um triste laudo feito por uma psicóloga de um colégio de periferia.
Naílton – um menino de família simples, estudante do primeiro ano do ensino fundamental de uma escola pública campineira, estava, segundo a professora, com dificuldades para prestar atenção nas aulas e de realizar certas atividades. Era também muito retraído e ainda por cima chorava à toa. Por todos estes motivos foi encaminhado à sala da psicóloga escolar. Era mês de abril, portanto, inicio do ano letivo.
Chegando lá, após uma conversa inicial (relatada no tal laudo), a profissional da psique aplica no menino um teste psicométrico. No final, avalia as respostas, conta os pontos e sela o destino do menino, com as seguintes palavras:
“Naílton apresenta problemas de aprendizagem porque seu QI é abaixo da média - é uma criança carente e, segundo seus próprios relatos, tem um pai repressor e uma mãe ausente”.

A profissional foi implacável. Com um olhar clínico, avaliou apenas o menino, sem se dar conta de que ele estava inserido num contexto muito maior. Não conversou com os pais, não avaliou melhor a escola, a professora ou os outros alunos. Com a lente focada sob a criança, não se deu conta de que provavelmente aquele comportamento do menino poderia e deveria ser multifatorial.
Isso sem falar que em um teste psicométrico existem perguntas do tipo: “Assinale, dentre as figuras abaixo, qual é o violoncelo”. Santo Deus! Um menino de periferia tem a obrigação de saber a diferença entre um violoncelo, um violino, um violão, uma guitarra e uma viola?
Rosenthal já chamava a atenção para o fato de que “a predição feita por uma pessoa quanto ao comportamento de outra, de algum modo chega a realizar-se”.

Sinceramente, depois de ler aquele laudo, a única coisa que me passou na mente foi: “Oxalá esse menino não absorva tais palavras”.
Milhares de crianças passam por situações parecidas, no Brasil e no mundo.
Inúmeras pessoas entregam suas vidas ao conformismo do “eu não posso”, “eu não consigo” porque em algum momento uma pessoa dessas cruzou o seu caminho e profetizou seu futuro, como uma verdadeira pitonisa em contato direto com os deuses olímpicos.
Claro que, sem me permitir jogar o bebê no ralo, junto com toda a água da banheira, considero, obviamente, que existem profissionais maravilhosos, cujos diagnósticos são precisos e totalmente responsáveis, assim como existem pessoas com patologias instaladas, com comportamentos desviantes, que certamente necessitam de ajuda especial para conseguirem ter uma vida relativamente normal.

O problema está e sempre estará nos diagnósticos inapropriados, emitidos tanto por achólogos comuns como por profissionais incautos.
É preciso muito cuidado para não realizarmos julgamentos irresponsáveis, pelo mundo afora. Inclusive em nossa própria casa, com aqueles que convivemos.
Quando afirmamos que uma criança não consegue aprender, que um homem não terá forças para parar de beber, ou que uma mulher não tem estrutura emocional para constituir uma família, estamos selando destinos.
Porque todo aquele que julga sem propriedade e sabedoria, comete injustiça, e toda injustiça gera sofrimento.
E o outro terá de buscar forças em seu íntimo para desvencilhar-se das algemas que oprimem as atitudes e retirar de seus ombros o peso da profecia que amaldiçoa.


Claudia Gelernter
(extraído de: http://gelernter.blog.uol.com.br/arch2007-09-09_2007-09-15.html#2007_09-12_18_12_44-6504921-0)

13 abril 2010

Te louvarei


Eu te louvarei, pra sempre eu Te louvarei Senhor.
Das profundezas da minha alma e do fundo do meu coração, eu Te louvarei.
Eu Te louvarei em minha casa, em todo lugar e aonde quer que eu esteja eu tenho de dizer: Te louvarei!
Porque és grandioso, por Sua onipotência e por Sua bondade.
Porque vês o inicio e o fim, porque sabe aonde eu vou e quão distante eu irei.
Eu te louvarei porque hoje não é igual amanhã, amanhã não é igual a depois, e o depois de amanhã é incerto, é nebuloso e cruel.
Você vê meu futuro, você vê a luz no fim do túnel, quando a esperança está quase acabando.
Eu te louvo Pai!
Principalmente quando tudo estiver bem eu O louvarei, porque não devia ser assim.
Te louvo, pra sempre eu te louvo.
Quantas pessoas vão a uma simples compra em um mercado e não retornam? Você está sempre me protegendo, eu não preciso explicar porque eu Te louvo.
Só Você é digno do meu louvor! Te amo!

Reconhecimento


Você acha que é santo, mas não santo por ser filho do Deus altíssimo.
Você se julga santo pelos seus atos e pelas suas palavras, quando tudo isso mostra ser bem ao contrário do que realmente você é.
Você julga todos a sua volta como se todos fossem egoístas, pensando em si mesmos como se ninguém mais no mundo existisse.
Quem é você pra dizer isso? Se você julga as pessoas assim, é porque também já foi um egoísta um dia, ou talvez seja e esteja só se escondendo atrás de uma máscara suja e medíocre.
Às vezes penso que nos portamos como os políticos que a gente tanto repudia. Beijamos criancinhas pobres, damos comida aos necessitados, ajudamos a tapar buracos na rua, mobilizamos pessoas a doar coisas e toooodas essas tantas coisas que já estamos enjoados de ver. Isso tudo me dá ânsia.
Os políticos fazem isso porque querem passar uma fama de boa gente para se eleger, e você? Porque você faz isso?
Questione suas verdadeiras motivações.
Quer glória? Aqui não!
Quer reconhecimento? Aqui não mesmo!
Você quer gente te bajulando e dizendo: “- Ohhh, bom trabalho!”, esquece.
Estou enjoada de tudo isso, quando isso tudo vai acabar?
Tem gente querendo é só se destacar e ter autoridade, controle e poder, nada mais além de tudo isso. É uma pena.
O que menos se tem hoje em dia é aquele que não busca reconhecimento e glória. O coração e mente desses não procura essas coisas, elas virão sem que se peça.

03 abril 2010

Minha revolta


Porque você toma as decisões erradas e sempre arruma alguém pra colocar a culpa?
Porque você faz tanta merda na vida e acha que alguém tem que ser punido por seus atos?
“Meu”, acorda pra vida.
Não coloque a culpa em Deus por estar como está, Ele te deu uma coisa chamada livre arbítrio e você fez o que com ele?
Pare pra pensar em quantas vezes você jogou para as costas de Deus decisões que você sabia muito bem como tomá-las? Quantas vezes você jogou sua responsabilidade nas costas dEle e disse: “- Ai, foi Ele que mandou!” .
Se liga, seja alguém responsável por seus atos.
Eu e você sabemos o que é certo ou errado, tomamos tal conhecimento à séculos atrás e, para ser mais exata isso aconteceu pouco depois da criação do mundo.
Pare de se esconder; aliás, pior do que se esconder, é ficar atrás de alguém que te conhece antes do seu nascimento, antes de você proferir qualquer palavra que estava em seu pensamento. Quem você acha que está enganando? Ahhhhh sim, engane todos ao seu redor, talvez seja mais fácil também de SE enganar.
Ele traçou sua vida, mas deixou e ainda deixa você decidir por qual caminho você irá!
A decisão é sua, não seja covarde.